quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Etnografia da prática escolar


O período de observação ocorrido entre os dias 08/09 à 14/09/2009, na Escola Municipal Lagoa Dourada, no Bairro Joaquim Romão, em Jequié-Bahia, é um momento muito importante para o estagiário na medida em que tem a oportunidade de conhecer um pouco sobre o perfil da escola, direção, professores, funcionários e alunos e, ter uma visão preliminar das dificuldades enfrentadas pela instituição, para que se pense em uma prática educacional voltada para as deficiências da escola.
Enfim, esse período é de fundamental importância, uma vez que é o período no qual se toma conhecimento da clientela que se vai trabalhar e da ação pedagógica adotada pela escola e desenvolvida no âmbito da sala de aula, permitindo que se pense de forma criteriosa a metodologia e os recursos a serem aplicados posteriormente, no período de regência.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

MINHA HISTÓRIA DE VIDA

Nasci no dia 21 de dezembro de 1981, na Fazenda Bela Vista, Município de Itagibá- Bahia, onde vivi até meus 08 anos com meus pais e meus 09 irmãos. Aos cinco anos de idade fui estudar na Escola 14 de agosto, onde fui alfabetizada pela professora Adenilza. Lembro que era uma escola muito distante da minha casa, a classe era multisseriada, o método de ensino utilizado pela professora era o tradicional, onde o ensino era centrado na professora, os alunos eram apenas meros receptores, avaliados através de uma nota.
No ano de 1990, meu pai comprou uma casa em Itagi para que pudéssemos continuar os estudos, porque apesar de meus pais só saberem fazer o nome, eles sempre nos incentivaram para continuarmos a estudar. Aos 08 anos, fui matriculada no Colégio Consº Junqueira Aires onde fiz a 3ª e a 4ª série. Na 3ª série eu amava minha professora, o nome dela era Gal, mas chamávamos de Gracinha. Ela era doce e meiga e ensinava muito bem. Na 4ª série, o que me recordo, é que tive um estagiário que se chamava Paulo César, lembro que brincávamos muito, e no final do estágio ele nos deu de lembrança um porta-jóia, formato de bombom, adorei! Um fato marcante que aconteceu na 4ª série foi ter ido para a recuperação de ciências. Lembro que estudei tanto que quando fui fazer a recuperação tinha decorado da primeira a última linha do assunto.
Da 5ª a 8ª série estudei no Colégio Cenecista Pe. Otacílio (CCPO), um colégio muito bom, com ótimos professores, mas hoje percebo que naquele tempo não se trabalhava a partir dos conhecimentos prévios dos alunos, para que o aluno obtivesse um desenvolvimento cognitivo a partir das interpretações de sua realidade. Hoje, percebo que minhas dificuldades em interpretar texto, em participar das aulas, dar minha opinião sobre determinado assunto, é uma conseqüência do tipo de formação pela qual passei, porque infelizmente nada disso foi trabalhado quando criança era só um processo de memorização, agente apenas decorava para fazer uma prova.
Quando terminei a 8ª série fui morar em Jequié, com minha tia e estudar no Colégio Professor Magalhães Neto (CPMN), hoje, Colégio Militar. Foram três anos inesquecíveis, conheci gente nova, amigos maravilhosos, cresci enquanto cidadã. Ao terminar o 3º ano voltei para Itagi, porque não estava trabalhando. Em 2005, prestei vestibular para pedagogia na UESB, passei. O curso é muito rico, estou aprendendo muito, pena que ainda não estou lecionando, mas pretendo e a cada semestre tenho mais certeza disso.
Um momento muito importante de experiência e aprendizado foi o estágio em educação infantil, realizado em maio deste ano, na Escola Pe. Antonio Molina, com crianças que vivem em uma realidade de extrema pobreza e vulnerabilidade social. Uma turma bastante heterogênea e com características diferenciadas, sem disciplina e bons modos, de forma que mudar aquela realidade em apenas um mês foi um desafio muito grande. No final do estágio percebemos que os alunos mudaram muito e perceber essas mudanças foi muito gratificante enquanto pessoa e estudante do curso de pedagogia.